Dead Inside.

segunda-feira, dezembro 09, 2013



O Post de hoje é um pouco diferente, é o começo de uma história que estou escrevendo, espero que gostem.

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Capítulo 1 - o Início do Fim.

Acordou se perguntando por que não abandonava a escola, não faria diferença, estudava o suficiente para passar e odiava todos ali, não tinha sonhos ou desejos, por isso, parar de estudar não seria um problema.

E então foi caminhando para escola, mas ela não conseguiu se concentrar em seus passos ou pensamentos, apenas escutava vozes, olhava freneticamente para todos os lados se perguntando de onde viria aquilo, não pareciam ser obra de sua imaginação, não poderiam ser, com medo e olhando para todos os cantos ela continuou a caminhar...

‘ Chegou sua hora...” 

Sua vista estava turva, não conseguia se concentrar em seu caminho, tudo ia escurecendo rapidamente e então ela viu assas, sim assas, não poderia ser um pássaro, era uma figura humana.

“Venha para nós pequenina...”

Seus delírios só aumentavam, escutava oque ninguém conseguia escutar e via oque ninguém conseguia entender.

“Precisamos de você...”

Estava tão distraída em seus devaneios que quase foi atropelada,  ela não sabia oque estava fazendo, apenas queria fugir.

“Nada vai te salvar...”

E então ela correu, correu sem saber para onde ir, pensou em voltar para casa com a esperança de que os delírios cessassem, tentou prestar atenção ao caminho que deveria seguir, mas foi em vão, sua cabeça estava uma bagunça, seu nível de desespero era alto e ela não conseguia mas raciocinar direito.
Mas chegou um momento que parecia que tudo tinha acabado, tudo se acalmou, parecia que tudo tinha voltado ao normal, mas ela tinha um pressentimento que isso só seria o começo.
Ela não podia perder tempo, correu, correu e correu por entre aquelas pessoas, ela não tinha certeza de onde se sentiria segura, correndo entre ruas e vielas, sendo olhada com desprezo.

“Aceite seu DES-TI-NO”

E então foi interceptada por dois garotos, eles pareciam uma muralha na sua frente, um enorme obstáculo, falaram coisas que ela não teve tempo de entender, ela apenas os empurrou com toda a força que ela nem sabia que tinha.

Eles agora corriam atrás dela, ela tentou correr,
Mas os delírios eram mais fortes.
Tentou encostar-se numa parede,
Mas ali desabou.
Ficou de joelhos pressionando os ouvidos,
Mas nada fazia aquilo parar.

“ Venha. Venha. Venha.”

Seus delírios aumentavam, agora eram gritos desesperados e assustadores, estava perdendo a lucidez, tinha consciência disso, mergulhando em sua própria decadência, rosto molhado pelas lágrimas recém derramadas, ela não queria que as pessoas sentissem prazer ao verem-na chorar, mas era inevitável, ela estava em crise, não controlava seus pensamentos, todos notaram seu estado critico, alguns riram, outros olharam com pena, mas nenhum tentou ajuda-la, e assim sem puder escapar foi mergulhando em sua loucura, mais e mais e tudo escureceu.


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